QUINTA-FEIRA, 16 DE ABRIL DE 2009
Ontem, o Jornal Nacional se superou. Aproveitou-se de um fato revoltante (a agressão promovida por seguranças da Supervia contra usuários dos serviços de trens urbanos do Rio) para tentar passar a imagem de que estão ao lado do povo e contra os poderosos. Lobo em pele de cordeiro perde.
É fácil pressionar o presidente da Supervia, como fizeram no JN (reportagem acima). Mas, cadê a valentia, quando o agressor está sob comando do governador de São Paulo e presidente eleito pela mídia, José Serra?
Vejam o vídeo abaixo, retirado do mesmíssimo JN. A PM de José Serra agride e ataca com gás de pimenta mulheres (uma delas, grávida) e crianças.
Por que Bonner, Fátima e Kamel não convidaram José Serra para fazer com ele o que fizeram com o presidente da Supervia?
Por que não convidaram José Serra, quando houve o famoso confronto entre as Polícias Civil e Militar, também em seu governo?
Por que Quando é aliado do governo, Jornal Nacional denuncia. Quando é tucano, silencia?
O desrespeito e a violência contra a população (como a ocorrida com seguranças da Supervia), especialmente os mais pobres, mulheres e crianças, não é exceção, é REGRA, e o exemplo vem de cima: acontece nos trens, nos estádios de futebol, nos bailes e eventos populares, nas comunidades, sob o silêncio cúmplice do Jornal Nacional – ou até mesmo incentivado por eles, como a campanha que as Organizações Globo movem há décadas pela remoção das favela.
Comentário: Agora reparem na indignação dos apresentadores do JN quando entrevistam o diretor da empresa ferroviária!
Seguindo aquela velha máxima "cada um bate em quem pode", os dois cumprem à risca as determinações da chefia.
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