domingo, 16 de agosto de 2009

Campanha escancarada e escarniçada!

Do blog Viomundo:

Serra, o desespero em campanha
Atualizado em 15 de agosto de 2009 às 14:00 Publicado em 15 de agosto de 2009 às 12:19
por Luiz Carlos Azenha
Existe um princípio do marketing eleitoral nos Estados Unidos segundo o qual você precisa definir o seu adversário antes que ele consiga se definir diante da opinião pública.
Como os EUA são a fonte onde bebem os marqueteiros do Brasil, deve ter nascido aí a estratégia de José Serra para chegar ao Planalto, aliada às ferramentas das quais ele já se utilizou em 2002 para matar a candidatura de Roseana Sarney no berço: o trabalho de agentes públicos que dão um ar oficial aos dossiês, devidamente divulgados pela mídia. O padrão dos "assassinatos de reputação" está de volta.
Dilma, a terrorista, foi obra da Folha de S. Paulo. É uma espécie de pedágio que o jornal pagou, no rodízio que os órgãos da propaganda eleitoral de Serra fazem. Uma hora é a Folha que denuncia, repercutida pela Globo. Outra hora é a Veja que denuncia, repercutida pelo Estadão. De outra feita a Globo denuncia e os jornais correm atrás. É um ciclo de retroalimentação, sempre com objetivos políticos. Informações são misturadas a boatos e ilações. Em um fato real são penduradas dezenas de suposições. A estratégia pressupõe que o eleitor é estúpido, que o leitor, o telespectador e o ouvinte jamais saberão discernir o real do imaginado.
Finalmente, nessa estratégia, as pesquisas eleitorais medem os resultados. Peças da narrativa que não deram certo são descartadas. E é assim que a campanha é calibrada. Dilma a terrorista deu para trás.
Agora passamos a uma nova fase: Dilma, a mentirosa aliada de gente financiada por narcotraficantes.
Para estudar esse fenômeno eleitoral, a edição da revista Veja que chegou às bancas é um primor. Revela uma sofisticação inédita. Na capa, anuncia o confronto Dilma x Lina [a ex-secretária da Receita Federal que acusou Dilma de ter pedido a ela agilidade nas investigações sobre a família Sarney em encontro que a ministra nega].
"Cabe à acusadora mostrar as provas contra a ministra", diz o título. No índice, a chamada é outra: "Dilma: uma rebelião surda contra sua candidatura". Finalmente, na reportagem, o título: "Quem está dizendo a verdade?" O texto é um maravilhoso exemplo de como encher espaço com absolutamente nada.
Começa com uma pensata pretensiosa sobre o uso da mentira na política. Sugere descontentamento entre petistas com a candidatura de Dilma Rousseff. Alinhava "fatos e versões", com os títulos de "o fato", "o que disse a ministra" e "o que foi comprovado". Sugere, sem dizer isso escancaradamente, que Dilma é mentirosa. Ou, pelo menos, que não dá para confiar nela. "Se o rótulo de mentirosa colar na ministra, será muito difícil superar isso em uma campanha", diz o texto. Bastante sugestivo isso, especialmente quando impresso na Veja.
Mas a Veja não seria a Veja sem Diogo Mainardi. Depois de, sob o título de "O Dízimo do Tráfico", especular que dinheiro de narcotraficantes colombianos teria sido investido na Igreja Universal, ele escreve:
"A Igreja Universal, nos últimos dias, atrelou sua imagem à de Lula. É a mesma estratégia empregada por José Sarney. Um apoia o outro. Um defende o outro. Edir Macedo está com Lula e com Dilma Rousseff. Agora e em 2010. Se a Igreja Universal tem um Diploma de Dizimista, assinado pelo Senhor Jesus Cristo, Dilma Rousseff tem um Diploma de Mestrado da Unicamp, supostamente assinado pelo senhor Espírito Santo. O senhor Edir Macedo e o senhor Lula se entendem. Eles sabem capitalizar a fé".
O bom do Diogo Mainardi é que ele facilita sobremaneira o nosso trabalho. Em apenas um parágrafo conseguiu ilustrar a campanha de José Serra ao Planalto melhor que qualquer um faria. Juntou em apenas um parágrafo Lula mentiroso, Lula explorador da fé pública e José Sarney. Por associação, coloca no mesmo saco Dilma, Lula e gente que teria recebido financiamento de narcotraficantes colombianos. Só faltou juntar as FARC e o Fidel Castro.
Mas não se encerra por aí o primor desta edição imperdível. Tem mais. Tem seis páginas dedicadas ao novo e magistral livro de Ali Kamel sobre... Lula. Ou sobre as declarações de Lula. É curiosa essa obsessão do diretor de Jornalismo da TV Globo com aquele que ele, Kamel, tentou desesperadamente derrotar em 2006.
Depois de provar que não somos racistas, Kamel gasta 672 páginas para provar que... Lula não é Lula.
"Um brasileiro médio, mais ou menos crente em Deus e que se vê como proponente de uma sociedade capitalista onde haja mais harmonia entre pobres e ricos". É assim que Kamel define Lula. Sobre isso, leia aqui.
Para terminar, a verdadeira piada de Veja: precedendo as seis páginas dedicadas a Kamel, duas páginas de propaganda da Globo sobre o Criança Esperança. Poderia ser um pouco menos explícito?
PS: Não percam, neste sábado, o Jornal Nacional repercutindo a capa da Veja. Estamos de volta a 2006.
PS2: A simbiose entre Veja, Globo, Kamel e Mainardi se estende aos políticos que alimentam e prestam serviço a ambos. O compadrio entre a elite brasileira é coisa antiga.

sábado, 15 de agosto de 2009

Barbeiro, seu passado lhe condena!!!

Post do Cloaca News:


A HISTÓRIA QUE HERÓDOTO APAGOU
.
Rebatizado no Budismo como Gento Ryotetsu, na condição de monge leigo, o paulistano Heródoto Barbeiro, de 63 anos, é o que podemos chamar de um homem hiperativo multimídia. Há 16 anos comandando o Jornal da CBN, emissora do Sistema Globo de Rádio, da qual é Gerente de Jornalismo, Barbeiro é também o apresentador do programa Roda Viva, na TV Cultura, canal tucano de São Paulo.Formado em História, Direito e Jornalismo, Barbeiro já fez muita coisa na vida antes de se tornar famoso. Uma de que se orgulha é ter sido professor de madureza ginasial, em priscas eras, e de cursinho pré-vestibular. Curiosamente, seu nome original de batismo homenageia o grego homônimo, nascido em Halicarnasso, 484 anos antes de Cristo, considerado o "Pai da História".Escritor, articulista em jornais, revistas e internet, conferencista e até ativista ambiental, a biografia de Heródoto Barbeiro na Wikipédia diz ainda que ele foi, "durante muitos anos, simpatizante do Partido dos Trabalhadores (PT)". Existe, porém, algo em seu laureado curriculum vitae que ele não costuma rememorar publicamente: sua ligação com o partido que deu sustentação política à ditadura militar instalada no Brasil, nos anos 60. Nas eleições de 1974, Heródoto Barbeiro, ostentando o número 143, foi candidato a deputado federal pela ARENA - Aliança Renovadora Nacional, fazendo dobradinha com seu ex-colega de cursinho Paulo Kobayashi, falecido em abril de 2005. Conhecido como Professor Koba, é ele quem aparece na foto abaixo, posando diante do outdoor da campanha eleitoral. "Faça seu professor deputado", ordenava o slogan da dupla.


A informação - e a foto histórica que Barbeiro quer esquecer - podem ser encontradas no fascículo 11 da coleção "A ditadura militar no Brasil: a história em cima dos fatos", publicada pela revista Caros Amigos.

domingo, 2 de agosto de 2009

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Os olhos da "verdade"

Ótima figura retirada do blog Grupo Beatrice:



terça-feira, 21 de julho de 2009

Virgílio, o paladino, recua!!

Publicado originalmente no Yahoo! Notícias
Virgílio desiste de apresentar 4ª denúncia contra Sarney
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), desistiu de apresentar a quarta denúncia ao Conselho de Ética contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). A ideia de Virgílio era questionar o peemedebista sobre a revelação feita por reportagem do jornal O Estado de S. Paulo de que gravações da Polícia Federal (PF) realizadas durante a Operação Boi Barricada revelariam que Sarney teria pleiteado um emprego para o namorado de sua neta, que acabou contratado por ato secreto. Segundo uma análise feita por técnicos da liderança do PSDB, a denúncia não tem respaldo legal, pois a acusação seria apenas imoral.

Aconselhado pelo partido, Virgílio decidiu pedir ao primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), que seja aberto novo processo administrativo contra o ex-diretor-geral da Casa, Agaciel Maia. Ele já responde a um processo administrativo, acusado de ser o responsável pela edição de atos secretos que foram editados pela administração da Casa nos últimos 14 anos. Se for julgado culpado, Maia pode ser demitido do Senado.

Virgílio já apresentou outras três denúncias ao Conselho de Ética contra Sarney. Duas delas responsabiliza o presidente do Senado por envolvimento no suposto esquema de desvio de dinheiro de incentivo cultural dado pela Petrobras à Fundação José Sarney e a outra pede apuração pela responsabilidade do peemedebista na edição dos atos secretos, adotados para criação de cargos, nomeações e aumentos salariais.

sábado, 18 de julho de 2009

O último "espirro" de Serra

O brilhante, como sempre, Luis Nassif publica hoje um primor de post. Trata da derrocada de José Serra, que já está na cova e ainda não sabe.
Confira:
"Entenda melhor o que está por trás dessa escalada de CPIs, escândalos e tapiocas da mídia.
A candidatura José Serra naufragou. Seus eleitores ainda não sabem, seus aliados desconfiam, Serra está quase convencido, mas naufragou.
Política e economia têm pontos em comum. Algumas forças determinam o rumo do processo, que ganha uma dinâmica que a maioria das pessoas demora em perceber. Depois, torna-se quase impossível reverter, a não ser por alguma hecatombe - um grande escândalo.
O início da derrocada
O início da derrocada de Serra ocorreu simultaneamente com sua posse como novo governador de São Paulo. Oportunamente abordarei as razões desse fracasso.
Basicamente:
1. O estilo autoritário-centralizador e a falta de punch para a gestão. O Serra do Ministério da Saúde cedeu lugar a um político vazio, obcecado com a política rasteira. Seu tempo é utilizado para planejar maldades, utilizar a mão-de-gato para atingir adversários, jornalistas atacando colegas e adversários e sua tropa de choque atuando permanentemente para desestabilizar o governo.
2. Fechou-se a qualquer demanda da sociedade, de empresários, trabalhadores ou movimentos sociais.
3. Trocou programas e ideias pelo modo tradicional de fazer política: grandes gastos publicitários, obras viárias, intervenções suspeitíssimas no zoneamento municipal (comandado por Andrea Matarazzo), personalismo absurdo, a ponto de esconder o trabalho individual de cada secretário, uso de verbas da educação para agradar jornais. Ao contrário de Franco Montoro, apesar de ter alguns pesos-pesados em seu secretariado, só Serra aparece. Em vez de um estado-maior, passou a comandar um exército de cabos e sargentos em que só o general pode se pronunciar.
4. Abandonando qualquer veleidade de inovar na gestão, qual a marca de Serra? Perdeu a de bom gestor, perdeu a do sujeito aberto ao contato com linhas de pensamento diversas (que consolidou na Saúde), firmou a de um autoritário ameaçador (vide as pressões constantes sobre qualquer jornalista que ouse lhe fazer uma crítica).
5. No meio empresarial (indústria, construção civil), perdeu boa parte da base de apoio. O mercado o encara com um pé atrás. Setores industriais conseguem portas abertas para dialogar no governo federal, mas não são sequer recebidos no estadual. Há uma expectativa latente de guerra permanente com os movimentos sociais. Sobraram, para sua base de apoio, a mídia velha e alguns grandes grupos empresariais de São Paulo - mas que também (os grupos) vêem a candidatura Dilma Rousseff com bons olhos.
A rede de interesses
O PSDB já sabe que o único candidato capaz de surpreender na campanha é Aécio Neves. Deixou marca de boa gestão, mostrou espírito conciliador, tem-se apresentado como continuidade aprimorada do governo Lula - não como um governo de ruptura, imagem que pegou em Serra.
Será bem sucedido? Provavelmente não. Entre a herança autêntica de Lula - Dilma - e o genérico - Aécio - o eleitor ficará com o autêntico. Além disso, se Serra se tornou uma incógnita em relação ao financismo da economia, Aécio é uma certeza: com ele, voltaria com tudo o estilo Malan-Armínio de política econômica, momentaneamente derrotado pela crise global. Mas, em caso de qualquer desgaste maior da candidatura oficial, quem tem muito mais probabilidade de se beneficiar é Aécio, que representa o novo, não Serra, que passou a encarnar o velho.
Acontece que Serra tem três trunfos que estão amarrando o PSDB ao abraço de afogado com ele.
O primeiro, caixa fornida para bancar campanhas de aliados. O segundo, o controle da Executiva do partido. O terceiro, o apoio (até agora irrestrito) da mídia, que sonha com o salvador que, eleito, barrará a entrada de novos competidores no mercado.
Se desiste da candidatura, todos os que passaram a orbitar em torno dele terão trabalho redobrado para se recolocarem ante outro candidato. Os que deram apoio de primeira hora sempre terão a preferência.
Fica-se, então, nessa, de apelar para os escândalos como último recurso capaz de inverter a dinâmica descendente de sua candidatura. E aí sobressai o pior de Serra.
Ressuscitando o caso Lunus
Em 2002, por exemplo, a candidatura Roseana Sarney estava ganhando essa dinâmica de crescimento. Ganhara a simpatia da mídia, o mercado ainda não confiava em Serra. Mas não tinha consistência. Não havia uma base orgânica garantindo-a junto à mídia e ao eleitorado do centro-sul. E havia a herança Sarney.
Serra acionou, então, o Delegado Federal Marcelo Itagiba, procuradores de sua confiança no episódio que ficou conhecido como Caso Lunus - um flagrante sobre contribuições de campanha, fartamente divulgado pelo Jornal Nacional. Matou a candidatura Roseana. Ficou com a imagem de um chefe de KGB.
A dinâmica atual da candidatura Dilma Rousseff é muito mais sólida que a de Roseana.
1. É apoiada pelo mais popular presidente da história moderna do país.
2. Fixou imagem de boa gestora. Conquistou diversos setores empresariais colocando-se à disposição para conversas e soluções. O Plano Habitacional saiu dessas conversas.
3. Dilma avança sobre as bases empresariais de Serra, e Serra se indispôs com todos os movimentos sociais por seu estilo autoritário.
4. Grande parte dessa loucura midiática de pretender desestabilizar o governo se deve ao receio de que Dilma não tenha o mesmo comportamento pacífico de Lula quando atacada. Mas ela tem acenado para a mídia, mostrando-se disposta a uma convivência pacífica. Não se sabe até que ponto será bem sucedida, mas mostrou jogo de cintura. Já Serra, embora tenha fechado com os proprietários de grupos de mídia, tem assustado cada vez mais com sua obsessão em pedir a cabeça de jornalistas, retaliar, responder agressivamente a qualquer crítica, por mais amena que seja. Se já tinha pendores autoritários, o exercício da governança de São Paulo mexeu definitivamente com sua cabeça. No poder, não terá a bonomia de FHC ou de Lula para encarar qualquer crítica da mídia ou de outros setores da economia.
5. A grande aposta de Serra - o agravamento da crise - não se confirmou. 2010 promete ser um ano de crescimento razoável.
Com esse quadro desfavorável, decidiu-se apertar o botão vermelho da CPI da Petrobrás.
O caso Petrobras
Com a CPI da Petrobras todos perderão, especialmente a empresa. Há um vasto acervo de escândalos escondidos do governo FHC, da passagem de Joel Rennó na presidência, aos gastos de marketing especialmente no período final do governo FHC.
Todos esses fatos foram escondidos devido ao acordo celebrado entre FHC e José Dirceu, visando garantir a governabilidade para Lula no início de seu governo. A um escândalo, real ou imaginário, aqui se devolverá um escândalo lá. A mídia perdeu o monopólio da escandalização. Até que grau de fervura ambos os lados suportarão? Lá sei eu.
O que dá para prever é que essa guerra poderá impor perdas para o governo; mas não haverá a menor possibilidade de Serra se beneficiar. Apenas consolidará a convicção de que, com ele presidente, se terá um país conflagrado.
Dependendo da CPI da Petrobras, aguarde nos próximos meses uma virada gradual da mídia e de seus aliados em direção a Aécio."

terça-feira, 2 de junho de 2009

Segredinhos

O jornalista Renato Rovai, editor da Revista Fórum em seu blog comenta alguns fatos muito interessantes sobre os caminhos tortuosos da grande mídia e, principalmente, de pseudo jornalistas que lá se instalam.
Confira:

(02/06/2009 17:58)

Colunista de um certo jornal diário que acha que a ditadura foi branda escreveu recentemente que a desconcentração de recursos publicitários no governo Lula é Bolsa-Mídia.
Até acho que ele de certa forma ele tem razão. O Bolsa-Família faz justiça social. E a diversificação dos recursos publicitários coloca os pontos nos is da realidade da comunicação brasileira. Se a iniciativa privada não entendeu isso é porque suas agências são preconceituosas. E vivem de Bonificação por Volume (o famoso BV). Se o colunista não sabe o que é isso e como funciona, me disponho a lhe explicar.
Os veículos ditos grandes a cada dia que passa tem tiragem menor, qualidade mais sofrível e pautam menos o debate. Tanto é verdade que eles se juntaram todos para derrubar o governo em 2005 e foram derrotados. Não só nas urnas. Mas na opinião pública e na esfera da comunicação.
Mas é engraçado como certos colunistas são seletivos. Não me lembro deste, por exemplo, criticando o governo Serra por conta das milionárias assinaturas que fez das revistas da Editora Abril.
Mas já que ele falou do governismo subalterno de certos blogues, vou aqui falar de uma outra coisa bem mais subalterna.
Na campanha de 2006, esse mesmo colunista, na condição de editor de um caderno muito especial para a disputa eleitoral, recebia sempre na mesma hora uma certa ligação. Ele começava então a ler baixinho para o interlocutor as manchetes do dia seguinte, uma a uma. E às vezes explicava o motivo de uma ou outra coisa estar desse ou daquele jeito.
Na redação, não eram poucos os que sabiam o nome do interlocutor.
Será que o leitor pode imaginar quem era?
Menas, coleguinha, menas.
Este blogueiro está à disposição para um debate sobre a nova esfera da comunicação e a necessária diversidade informativa para que a nossa democracia se consolide.
Pode marcar hora e local. E levar a platéia.

Confira o Blog do Rovai

sexta-feira, 29 de maio de 2009

quinta-feira, 21 de maio de 2009

K à gada




Formação de texto

Quando me disponho à vestir o escafandro e entrar nas profundezas do esgoto do blog da Veja, às vezes me espanto com as investidas professoris que o cidadão se dispõe à fazer.
Ele chama vários dos seus textos de "textos de formação". hahaha!!! É rir pra não chorar....
Mas vamos à um texto, publicado ontem no blog Brasília, eu ví, do jornalista Leandro Fortes.
Este sim, pode ser considerado um texto de formação.
Vamos a ele:
"Eu estava mesmo querendo falar sobre essa incrível cruzada ao fundo do poço que a oposição, PSDB à frente, decidiu empreender contra a Petrobras, justo no momento em que a empresa se posiciona como uma das grandes do planeta. Sim, a inveja é uma merda, todo mundo sabe disso, mas mesmo a mais suntuosa das privadas tem um limite de retenção. Como não se faz CPI no Brasil sem um acordo prévio com publishers e redações, fiquei quieto, aqui no meu canto, com meus olhos de professor a esperar por um bom exemplo para estudo de caso, porque coisa chata é ficar perdido em conjecturas sem ter um mísero emblema para oferecer aos alunos ou, no caso, ao surpreendente número de pessoas que vem a este blog dar nem que seja uma olhada. Pois bem, esse dia chegou.
Assinante do UOL há cinco anos, é com ele que acordo para o mundo, o que não tem melhorado muito o meu humor matutino, diga-se de passagem. De cara, vejo estampada, em letras garrafo-digitais, a seguinte manchete:
Petrobras gastou R$ 47 bi sem licitação em seis anos
Teca, minha cocker spaniel semi-paralítica, se aninha nos meus pés, mas eu não consigo ficar parado. Piso nas patas traseiras dela, mas, felizmente, ela nada sente. A dedução, de tão lógica, me maltrata o ânimo. Se tamanha safadeza ocorreu nos últimos seis anos, trata-se da Era Lula, redondinha, do marco zero, em 2003, até os dias de hoje. Nisso, pelo menos, a matéria não me surpreende. Está lá: Desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Petrobras gastou cerca de R$ 47 bilhões em contratos feitos sem licitação, informa reportagem de Rubens Valente, publicada na Folha desta quarta-feira (
íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal). Pá-pá-pá. Preto no branco. Tiro à queima roupa. Um lead jornalístico seco como biscoito de polvilho. Desde que chegou ao Planalto, Lula deixou a Petrobrás gastar 47 bilhões de reais em contratos sem licitação. Vamos, portanto, à CPI. Nada de chiadeira. Demos e tucanos, afinal, têm razão. Bilhões delas. Dane-se o Pré-Sal
e o mercado de ações. Quem for brasileiro que siga Arthur Virgílio!
Mas, aí, vem o maldito segundo parágrafo, o sublead, essa réstia de informação que,
pudesse ser limada da pirâmide invertida do texto jornalístico, pouparia à
oposição tocar a CPI sem o constrangimento de ter que bolar malabarismos
retóricos em torno das informações que se seguem. São elas, segundo a Folha On
Line: Amparada por decreto presidencial editado por Fernando Henrique Cardoso em 1998 e em decisões do STF (Supremo Tribunal Federal), a petroleira contratou sem licitação serviços como construção, aluguel e manutenção de prédios, vigilância, repasses a prefeituras, gastos com advogados e patrocínios culturais, entre outros. O valor corresponde a 36,4% do total de gastos com serviços (R$ 129 bilhões) da petroleira de janeiro de 2003 a abril de 2009. A prática não começou com Lula. Somente entre 2001 e 2002, sob a administração de Fernando Henrique (PSDB-SP), a petroleira contratou cerca de R$25 bilhões sem licitações, em valores não atualizados.
Parem as rotativas digitais! Contenham as massas! Abatam os abutres! Como é que é? Volto à minha sala de aula imaginária (só poderia ser, porque hoje eu nem dou aula). Vamos fazer uma análise pontual do texto jornalístico, menos pelo estilo, impecável em sua dureza linear, diria até cartesiana, mas pela colocação equivocada das informações. Depois caem de pau em cima de mim porque defendo a obrigatoriedade do diploma. Vamos lá:

1) Na base da pirâmide invertida, há uma informação que deveria estar no lead e, mais ainda, no título da matéria. Senão, vejamos. Se entre 2001 e 2002 a Petrobras gastou 25 bilhões, “em valores não atualizados” (???), em contratos sem licitações, logo, a matéria deveria começar, em seu parágrafo inicial, com a seguinte informação: “Nos últimos oito anos, a Petrobras gastou R$ 72 bilhões (R$ 47 bilhões + R$ 25 bilhões, “em valores não atualizados”) em contratos sem licitações. Então, CPI nessa cambada! Mas que cambada? Sigamos em frente.
2) O mesmo derradeiro parágrafo informa que a “prática” se iniciou “sob a administração” de Fernando Henrique Cardoso, aquele presidente do PSDB. Aliás, reflito, só é “prática” porque começou com FHC. Se tivesse começado com Lula, seria bandalha mesmo. Mas sou um radical, não prestem atenção em mim. Continuemos a trabalhar dentro de parâmetros técnicos e jornalísticos. Logo, a CPI tem que partir para cima do PT e do PSDB. Um pouco mais em cima do PSDB. Por quê? Explico.
3) Ora, até eu que sou jornalista e, portanto, um foragido da matemática, sou capaz de perceber que se a Petrobrax de FHC gastou R$ 25 bilhões (em valores não atualizados!) em contratos sem licitação em apenas dois anos, e a Petrobras de Lula gastou R$ 47 bilhões em seis anos, há um desnível de gastos bastante razoável entre um e outro. Significa, por exemplo, que FHC gastou R$ 12,5 bilhões por ano. E Lula gastou R$ 7,8 bilhões por ano. Ação, segundo a reportagem da Folha, “amparada por decreto presidencial editado por Fernando Henrique Cardoso, em 1998, e em decisões do STF (Supremo Tribunal Federal)”.
Poderia até acrescentar que a Petrobras vale no mercado, hoje, R$ 300 bilhões, e que valia R$ 54 bilhões quando FHC deixou o governo. Mas é preciso manter o foco jornalístico, sem exageros.

4) Temos, então, uma lógica primária. Com base em uma lei de FHC, amparada pelo STF, a Petrobras tem feito contratos sem licitações, de 2001 até hoje. A “prática” é irregular? CPI neles! Todos. Mas, antes, hora de refazer o título e o lead!

Petrobrás gastou R$ 72 bi em contratos sem licitação, em oito anos
Desde 2001, durante o segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), até abril deste ano, a Petrobras gastou cerca de R$ 72 bilhões em contratos feitos sem licitação. Os gastos foram autorizados, em 1998, por um decreto presidencial assinado por FHC e, posteriormente, amparados por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre 2001 e 2002, a empresa, sob administração tucana, gastou R$ 25 bilhões em contratos do gênero, em valores não atualizados, uma média de R$ 12,5 bilhões por ano. No governo Lula, esses gastos chegaram a R$ 47 bilhões, entre 2003 e abril de 2009, uma média de R$ 7,8 bilhões anuais.
Bom, não sei vocês, mas eu adoro jornalismo. Em valores atualizados, claro".

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Relembrando Protógenes

No dia em que o delegado protógenes lança o seu novo site, vamos relembrar a entrevista (melhor que a televisionada) dada à jornalista que cobre os bastidores do programa Roda Viva da TV Cultura.


segunda-feira, 18 de maio de 2009

Futurologia e escatologia

O PIG não se importa mais com a previsão do tempo. Agora se empenha em, além de prever os acontecimentos políticos, dar as notícias fresquinhas do cotidiano futuro no Palácio do Planalto.
Então, fazendo aquele corriqueiro exercício de futurologia, a maioria dos jornalões hoje (18 de maio de 2009) poderiam trazer as seguintes chamadas de primeira página:

Folha - Futuro presidente José Serra cria Comissão para Desestatização de Empresas que só dão dor-de-cabeça.
Brasília - O futuro excelentíssimo presidente José Serra disse, em entrevista exclusiva à Folha, que não quer perder tempo com discussões menores de quem será empossado como vice-presidente em 2010. Ele se concentra atualmente em receber sugestões de quais empresas serão melhor aproveitadas quando estiverem nas mãos da iniciativa privada. Segundo Serra "atualmente essas empresas são peso morto para o governo, devendo serem repassadas às mãos de administradores competentes e compromissados com o futuro do país. Como por exemplo os que privatizaram a Vale do Rio Doce e Telebrás." Pág. 3A

Estadão - Serra descarta, por enquanto, privatizar as águas do Rio São Francisco.
"Inicialmente seria muito custoso aos cofres da iniciativa privada cadastrar os que utilizam a água do Rio para que a cobrança seja feita. Porém nosso futuro governo já estuda uma PPP (Parceria Pública Privada) para iniciar essas primeiras atividades. E, após 3 anos, deixaremos o Parceiro Privado seguir em frente, arrecadando seus dividendos." Leia mais em Política (Pág. 5)

O Globo - PSDB não concorda com a criação de mais sete Ministérios no governo do futuro Presidente Serra
O futuro Ministro das Relações Exteriores, atual Senador Arthur Virgílio, exatamente como fez quando da criação da CPI da Petrobrás, subiu na mesa do também futuro Ministro de obras para o Nordeste, atualmente Senador José Sarney, e vociferou que "a criação de apenas sete Ministérios não será suficiente para abrigar os tantos aliados, colaboradores, agregados, benfeitores, malfeitores, capangas e demais membros do PSDB que lutaram bravamente para levar o futuro presidente José Serra ao Palácio do Planalto.

Logo teremos as manchetes dos principais noticiários da televisão brasileira, não percam!

O PETRÓLEO É NOSSO ... ou, Vocês estão pensando que isso aqui é a casa da mãe Joana?

Me desculpem pelo tempo que estive fora! Foram dias difíceis! Sem acesso nem contato com a civilização.
Mas agora vamos ao que interessa:



O Eduardo Guimarães em seu blog já começou uma campanha em protesto contra a mais uma palhaçada do PSDB dentro do Congresso Nacional: a criação da CPI da Petrobás.
No Blog Cidadania.com vocês poderão ter mais informações sobre essa nova manifestação.

PS:Figura retirada do Site Conversa Afiada.

domingo, 26 de abril de 2009

Glauber explica

Republico essa postagem em homenagem aos pobres moradores do Estado do Maranhão:
O site Fazendo Media publicou uma carta aberta do governador do estado do Maranhão, Jackson Lago. Na carta ele explica como a oligarquia Sarney controla, ou pelo menos tenta até hoje, o estado. E como o clã é nocivo aos interesses do estado.
No ano de 1966 o cineasta Glauber Rocha fez um documentário, encomendado pelo então rescém-eleito José Sarney, com o propósito de mostrar a triste realidade do povo.
Seria cômico, se não fosse trágico, ouvir o mandachuva lamentar aquela pobreza toda e prometer que à partir daquele momento tudo iria mudar.
A grande balela pode ser percebida hoje, 43 anos depois das promessas. O único a encher os bolsos foram os "amigos dos amigos".
Veja o documentário:


quarta-feira, 22 de abril de 2009

Vampiros vão morder em 2010!!!!

No Terra Magazine:

A ideologia do atraso
Rui Daher, de São Paulo


No Brasil, tudo o que parecer estapafúrdio pode estar contaminado por algum viés político.
Não se espante, portanto, ao saber que a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), presidida pela senadora, pecuarista e potencial candidata ao governo de Tocantins, Kátia Abreu (DEM-TO), está orientando os produtores "a botarem o pé no freio do plantio e do uso de tecnologia na safra 2009/10".
Maysa, em minissérie, entoou a angústia gerada pela crise econômicaPor Gabriel Daher
É acompanhada das União Democrática Ruralista (UDR) e Sociedade Rural Brasileira (SRB), e formam o trio de ferro do atraso, pela recusa em aceitar os benefícios que as inclusões social e ambiental trariam ao País, se incorporadas à agropecuária.
Como não podem dizer a que realmente vêm, argumentam que uma produção maior irá ampliar as dívidas e os excedentes provocados pela queda de consumo trazida pela crise. Notem que estão se referindo a uma colheita que ocorrerá no 1° semestre de 2010, futuro que bons analistas econômicos não arriscam prever.
É do conhecimento até do mundo mineral, para usar expressão do jornalista Mino Carta, que o impacto da crise sobre demanda, preços de alimentos e comércio internacional, faria a agropecuária ajustar-se a patamares inferiores aos recordes de 2008, longe ainda, no entanto, de caracterizar qualquer catástrofe.
É necessário mais reflexão antes de estender à agricultura o pânico que se espalhou no final do ano passado.
Naquele momento, uma surpreendente e brutal escassez de crédito, tardiamente respondida pelo BC, contaminou toda a economia, em especial a indústria e a construção civil, que rodavam, há um bom tempo, acima da velocidade-cruzeiro da renda dos consumidores.
Projetar a mesma preocupação para o calendário agrícola futuro, depois de uma das mais bem sucedidas safras de nossa história, era apenas entrar no trupe da manada.
A renda agrícola, que entre 2000 e 2007 teve média de R$ 127 bilhões, com dois picos próximos de R$ 145 bi, em 2008, chegou a R$ 161 bi. Pois bem, a mais recente estimativa do Ministério para 2009 é que ela atinja R$ 154 bi, 4,3% abaixo do recorde.
Lembremos que, em janeiro deste ano, acompanhando a angústia existencial que se arrastava na tela da TV Globo com a minissérie sobre a cantora Maysa, o trio de ferro alertava para uma queda superior a 10% na renda da safra 2008/09.
Mesmo a safrinha de milho, que para os arautos do infortúnio poderia nem mesmo ser plantada, na estimativa da CONAB, deverá atingir 18 milhões de toneladas, uma queda de apenas 3,5% sobre 2008.
Pelo lado das exportações agrícolas, o jornal "China Daily" informa que, depois da desaceleração do início do ano, as vendas brasileiras para aquele país cresceram 52,5% em março, fato que se repetiu com Índia e Irã.
Outro indicador de que o futuro da agropecuária não aparece tão ingrato é a contínua valorização dos preços das terras. Segundo o jornal "Valor Econômico", citando levantamento da consultoria AgraFNP, "o preço médio do hectare alcançou o recorde nominal de R$ 4.373".
Motivos: valorização das commodities no começo do ano, retomada do interesse de investidores internacionais e desvalorização do real que devolveu competitividade aos produtos de exportação.
Fica difícil, assim, entender qual a base que faz aconselhar plantios e usos menores de tecnologia na próxima safra. Os comandantes do trio de ferro cercam-se de profissionais competentes e são, em sua maioria, donos de terras e de empresas agropecuárias. Para terem sucesso, é provável que não sigam suas predições nos negócios próprios.
Será que é justo usar as associações para subordinar o desenvolvimento do país e de milhares de produtores rurais a interesses políticos pessoais?

Rui Daher é administrador de empresas, consultor da Biocampo Desenvolvimento Agrícola.

terça-feira, 21 de abril de 2009

"Vou fingir que não é comigo". Ou, A CARA DE PAU DA REDE GLOBO



No vídeo acima vocês vão ver uma das matérias mais cara-de-pau (ainda com hífen) exibidas pela dona Globo.

Nela, repórteres, apresentador, comentarista e entrevistados demonstram tremenda indignação e tristeza com a retirada do patrocínio pelo Finasa/Bradesco para o time de vôlei feminino de Osasco.

Agora, sabem qual foi o principal motivo de a patrocinadora retirar o apoio?

Parece incrível, mas a maior responsável por isso foi a Rede Globo.

A rede Globo, como detentora dos direitos de transmissão da Superliga de vôlei feminino, tem como "política" interna não citar o nome de empresas que patrocinam equipes, a não ser que essas empresas comprem cotas de patrocínio da emissora.

Outro problema é que a Globo não transmite nem 20% do total de jogos da Superliga.

Somados esses dois motivos, os patrocinadores não vêem seus produtos com exposição significativa, suficiente para que os mesmos continuem financiando o esporte.

Segundo o jornalista Eric Betting, hoje no jornal de esportes da Radio Bandeirantes, as equipes do Ades/Rexona Rio de Janeiro e Cimed Florianópolis também estão arriscados a perderem seus patrocinadores principais.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Pimenta nos olhos dos outros...

O blog do Mello trás hoje um post primoroso, comparando a reação do Jornal Nacional frente ás notícias de violência contra a população:






Ontem, o Jornal Nacional se superou. Aproveitou-se de um fato revoltante (a agressão promovida por seguranças da Supervia contra usuários dos serviços de trens urbanos do Rio) para tentar passar a imagem de que estão ao lado do povo e contra os poderosos. Lobo em pele de cordeiro perde.

É fácil pressionar o presidente da Supervia, como fizeram no JN (reportagem acima). Mas, cadê a valentia, quando o agressor está sob comando do governador de São Paulo e presidente eleito pela mídia, José Serra?

Vejam o vídeo abaixo, retirado do mesmíssimo JN. A PM de José Serra agride e ataca com gás de pimenta mulheres (uma delas, grávida) e crianças.







Por que Bonner, Fátima e Kamel não convidaram José Serra para fazer com ele o que fizeram com o presidente da Supervia?

Por que não convidaram José Serra, quando houve o famoso confronto entre as Polícias Civil e Militar, também em seu governo?

Por que Quando é aliado do governo, Jornal Nacional denuncia. Quando é tucano, silencia?

O desrespeito e a violência contra a população (como a ocorrida com seguranças da Supervia), especialmente os mais pobres, mulheres e crianças, não é exceção, é REGRA, e o exemplo vem de cima: acontece nos trens, nos estádios de futebol, nos bailes e eventos populares, nas comunidades, sob o silêncio cúmplice do Jornal Nacional – ou até mesmo incentivado por eles, como a campanha que as Organizações Globo movem há décadas pela remoção das favela.


Comentário: Agora reparem na indignação dos apresentadores do JN quando entrevistam o diretor da empresa ferroviária!

Seguindo aquela velha máxima "cada um bate em quem pode", os dois cumprem à risca as determinações da chefia.

Saravá!!!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Tempos Bicudos



Ontem, lá pelas tantas, resolvi fazer aquela troca de canal básica antes de desligar a tv e me recolher.
Porém, quando passo pela globo, vejo Soares chamando para sentar em seu sofazinho o ex vice prefeito de São Paulo (e acho que também ex senador, ex deputado, ex conselheiro de direitos humanos, extecétera (sic)...) Hélio Bicudo.
Sempre considerei o sr. Bicudo uma voz destoante dentro do PT, na tentativa de aparar as arestas formadas pelos seus dirigentes mais truculentos. Admiro seu trabalho desde a década de noventa quando surge, junto com Lula, Jacó Bittar, Plínio de Arruda Sampaio, Eduardo Suplicy entre outros, como lideranças respeitadíssimas dentro do recém nascido Partido dos Trabalhadores.
Mas agora parece que o sr. Bicudo não está na sua melhor forma... como direi... intelectual.
Em seu diálogo com o gordinho entrevistador destampou a falar mal da truculência e dos exageiros cometidos na prisão e julgamento da empresária Eliana Tranchesi, proprietária da loja Daslú.
Comentou que os juízes que a condenaram a, se eu não me engano, mais de 80 anos de prisão deveriam ponderar, pois não se tratava de alguém que pudesse lesar a sociedade (fisicamente falando). E que a polícia/judiciário não poderia prender uma pessoa que sofre de "gravíssimos" problemas de saúde.
Falando bem a verdade, acho que ele não chegava a pensar direito nas respostas que dava, já que o entupia-o de questionamentos seguidos. Bem no esquema "eu levanto, você corta".
Acabou quase fazendo um parecer jurídico verbal à favor da empresária.
Ah, e de quebra ainda soltou umas alfinetadas no PT. Do jeito que o gordinho gosta!
Lamentável!

Ver o final dessa história dá uma preguiiiiçaaa....

terça-feira, 14 de abril de 2009

Essa foi de lascar....!

Poucas vezes li um texto tão verdadeiro, daqueles que você lê e diz: "é isso mesmo!"
Foi escrito pelo jornalista e escritor José Roberto Torero, que escreve no blog do Torero.
É uma pena que o texto ainda n;ao esteja no blog, por isso foi retirado do blog do Juca Kfouri.
Aí vai, na íntegra:

JOSÉ ROBERTO TORERO
Ronaldo, o brahmeiro
Comparar as heroicas voltas de Ronaldo ao futebol com o suor da cerveja é chamar o espectador de estúpido
BEBERRAZ leitor, alcoofilista leitora, vocês viram o comercial do Ronaldo? O comercial da Brahma?
Para quem não viu, faço um resumo: ele aparece driblando vários obstáculos, faz um trocadilho entre o suor dele e o suor da cerveja e acaba dizendo, com um copo na mão, que é um "brahmeiro".
Como assim? Um atleta importante fazendo comercial de cerveja? Ou pior, um atleta ainda gordo, em recuperação, fazendo comercial de cerveja? Não entendi. E não entendi porque me parece uma propaganda ruim para os dois.
Para a cerveja, porque eu, vendo o comercial, penso: "Poxa, cerveja engorda pra caramba!". Para o jogador, porque mostra que ele não é um atleta sério. É um cara que bebe mesmo ainda estando longe da sua melhor forma.
A Brahma e Ronaldo já estiveram juntos em outros comerciais.
É uma parceria antiga, desde que ele tinha 17 anos. Mas ela já foi mais sutil e inteligente.
Lembro que houve uma propaganda chamada "Guerreiro" em que apenas aparecia o rosto do jogador e havia um bom texto ao fundo.
Outra trazia Ronaldo como um toureiro, driblando um touro várias vezes até que o vencia e abria a garrafa nos chifres do animal.
Mas este novo comercial está bem abaixo dos anteriores.
Agora há uma ligação direta entre futebol e álcool. E obviamente os dois não combinam.
A campanha ainda teve o azar de vir logo depois do anúncio de aposentadoria (talvez compulsória) de Adriano, que tem seu nome associado a problemas com bebidas.
Estou longe de ser uma virgem vestal, defensor da pureza absoluta ou abstêmio radical.
Até sou a favor da liberação de drogas leves (o que existe em parte, já que as bebidas alcoólicas são drogas leves), mas jogador fazer propaganda explícita de cerveja não dá. Passa da conta.
A legislação permite que as propagandas de bebidas abaixo de 13 graus GL (Gay-Lussac) sejam exibidas em qualquer horário. Por isso é que vemos comerciais de cervejas e dessas vodkas ice a toda hora. Porém, em maio de 2007, Lula assinou um decreto que classificou como alcoólica toda bebida com mais de 0,5 grau GL. Só que, inexplicavelmente, esse decreto não restringiu a propaganda de cerveja.
Voltando ao comercial, que foi criado pela agência África, no texto o atacante afirma que tem orgulho de "cair e se levantar". O redator não devia estar sóbrio quando o escreveu. É uma frase muito infeliz. Uma piada pronta. Tanto que, na mesma hora, o amigo com quem eu via o jogo comentou: "Cair e se levantar não é grande coisa. Qualquer bêbado consegue isso".
E comparar o esforço heroico de Ronaldo para voltar três vezes ao futebol com o suor da cerveja é chamar o espectador de estúpido. É fazer troça da fantástica recuperação do jogador, que deveria falar "Eu sou artilheiro" e não "Eu sou brahmeiro".
A publicidade brasileira, que já foi das melhores do mundo, vem piorando nos últimos anos. Mas, agora, se superou.
Acho que, pelo menos, para desencargo de consciência, esta nova propaganda deveria vir com um daqueles avisos no final, algo do tipo: "O Ministério da Saúde adverte: Cerveja dá barriga e faz você confundir mulher com similares".

Enxugando Protógenes

O vídeo abaixo mostra, de forma resumida, o que o delegado Protógenes falou a todos os parlamentares da CPI dos grampos.
Na verdade "foi um discurso para surdos", já que ele estava lá para ser humilhado. O que, felizmente, não se conseguiu.
Prestem atenção especialmente quando ele fala sobre as caixas que estão disponíveis sobre a investigação feita pela Kroll a mando do banqueiro condenado Daniel Dantas.
Bom divertimento:


segunda-feira, 13 de abril de 2009

Serra esconde bandido? Quem disse?


O interesse da Folha de São Paulo em recuperar o passado da ministra Dilma Rousseff, particularmente durante a ditadura militar, será ampliado para outras figuras da política nacional? O blog Cloaca News, de Porto Alegre, levantou essa questão com o sarcasmo que lhe é habitual. Em uma bem humorada nota intitulada “Serra nomeia assaltante para Casa Civil de São Paulo”, o blog recorda:

“O advogado paulista Aloysio Nunes Ferreira Filho, de 64 anos, podia estar roubando, podia estar matando. Mas, não. Atualmente, ele é o secretário da Casa Civil do governo tucano de José Serra. Ferreira já foi presidente de centro acadêmico, já foi deputado estadual, já foi deputado federal, já foi vice-governador. Já foi até ministro de estado. O que poucos recordam - e, quem sabe, a Folha de S.Paulo destaque sua repórter Fernanda Odilla para "investigar" o caso - é que o brioso elemento, outrora conhecido pelo cognome "Mateus", um dia empunhou um tresoitão para ajudar a surrupiar a assombrosa quantia de NCr$ 108 milhões da antiga Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, dinheiro que seria utilizado no pagamento dos salários dos ferroviários”.

“O memorável assalto (ou "expropriação") ao trem-pagador”, prosseguiu o blog em seu exercício de resgate histórico, “deu-se no dia 10 de agosto de 1968”. “Segundo relatos da imprensa da época, a ação foi fulminante e sem que houvesse sido disparado qualquer tiro. Aloysio era o motorista do Fusca no qual os assaltantes deram o pira com os malotes cheios da grana. Essa, porém, não fora a primeira ação espetacular do braço direito de José Serra. No mesmo ano, ele partipara do assalto ao carro-pagador da Massey-Fergusson, interceptando uma perua Rural Willys da empresa em plena praça Benedito Calixto, no bairro paulistano de Pinheiros. Ferreira participou destes eventos na condição de guerrilheiro da recém-nascida Ação Libertadora Nacional (ALN), a organização dos líderes comunistas Carlos Marighela e Joaquim Câmara Ferreira, o Toledo”.

O próprio Aloysio Nunes recordou esses episódios em matéria de Luiz Maklouf Carvalho, publicada no Jornal do Brasil, no dia 4 de março de 1999:

“O primeiro assalto a gente nunca esquece - e certamente por isso é que o relator da Comissão Especial da Reforma do Judiciário, deputado federal Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), ainda tem a memória afiada quando o relembra, 31 anos depois. "Foi uma expropriação impecável", avalia, em linguagem da época, uma das primeiras ações armadas de vulto contra a ditadura militar (64-85): o espetacular e bem-sucedido assalto ao trem-pagador Santos-Jundiaí, em 10 de agosto de 1968. Ferreira estava lá na condição de guerrilheiro da recém-nascida Ação Libertadora Nacional (ALN), a organização dos líderes comunistas Carlos Marighela e Joaquim Câmara Ferreira, o Toledo, uma das mais aguerridas na luta armada”.

"Coube ao então advogado de 23 anos a tarefa de recolher e transportar, num fusca, imediatamente após o assalto, o guerrilheiro João Leonardo Rocha e todas as armas usadas na ação. "Deu tudo certo porque o Marighela era muito exigente na logística", diz Ferreira. "O planejamento foi rigoroso, exigiu muitas viagens no trem, e possibilitou uma ação perfeita, sem o disparo de um tiro", lembra. Pouco antes do trem-pagador, ele participou, "na logística", de outro assalto ousado - ao carro-pagador da Massey Ferguson, em plena Praça Benedito Calixto, no bairro de Pinheiros (Zona Oeste de São Paulo). "Simulamos uma blitz, com cavalete, guarda fardado e tudo o mais", conta o deputado, lembrando, com um sorriso nostálgico, o momento tenso em que o guerrilheiro Arno Preiss fez as vezes do guarda, "orientando" o trânsito e fazendo parar a Rural Willys da Massey Ferguson. Por conta de ações como essa, Aloysio (ou Mateus, um de seus codinomes) foi parar nos cartazes dos "terroristas procurados". 

A Folha terá interesse em resgatar também o passado deste brasileiro que decidiu participar da resistência armada à ditadura militar? Ou suas atribuições atuais na Casa Civil do governo tucano de São Paulo inviabilizam essa pauta?

Nota da Redação: A trajetória de Aloysio Nunes Ferreira Filho na resistência ao regime de exceção da ditadura militar honra aqueles que defendem a legitimidade própria aos regimes democráticos. 

sábado, 11 de abril de 2009

Serra em Nova York! Será que só pelo show da Broadway?

O blog Amigos do presidente Lula publica uma matéria daquelas "Levanta defunto".
E não é pelo assunto que esteja desgastado. Sim pelo desenrolar sombrio que as coisas tiveram à época.
E isso tudo relacionado com a viagem de Serra para a Suíça e Nova York.
Então pode-se dizer que o post trás uma matéria "Levanta defunto! E toma que o filho é teu!"
Confira tudo aqui.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Veja e Kamel praticam jornalismo rasteiro! Alguma novidade?

Como de costume, Luis Nassif demonstra com clareza que Veja mostra o supérfluo e esconde o essencial.
No post "Dos factóides de Veja" ele demonstra como a quadrilha do PIG, liderada pela revista e tendo como escudeiro o "General" Kamel, joga a carniça no ventilador:

"Há um princípio jurídico básico: o ônus da prova é de quem acusa. É um dos princípios jurídicos consagrados, de respeito aos direitos individuais. A razão é simples. Um irresponsável lança uma acusação e não apresenta as provas. Se o acusado for inocente, como poderá se defender de algo que não fez? Lembro-me do caso das contas de Sérgio Motta em Grand Cayman - divulgadas por Paulo Maluf, Gilberto Miranda e, se não me engano, Fernando Collor. Como Sérgio Motta poderia provar que a tal conta não era dele, se ela efetivamente não fosse e estivesse (como estava) protegida por sigilo bancário?

É o caso Vitor Martins e ANP. Lança-se a suspeita, não se apresenta um indício de materialidade do suposto crime cometido. Descobre-se agora que o tal relatório não era da Polícia Federal, mas um relatório paralelo. E divulgado através de um pilantra, disponível para qualquer trabalho barra-pesada, envolvido em lobby em favor de Daniel Dantas. Tanto não tem credibilidade que a notícia não obteve repercussão nem entre os leitores da revista (é só conferir a estatística de cartas por assunto). Foi ressuscitada por Ali Kamel que há muito abandonou o jornalismo em favor da militância mais rasteira e de acertos de conta pessoais..."

Você pode ler o post completo aqui.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Skaf também é filho de Deus, não é mesmo?

Em post publicado hoje (26/05) o jornalista Fernando Rodrigues, da Folha, informa que o Sr. Paulo Skaf, presidente da FIESP, já arrecadou dinheiro para políticos em nome de sua instituição.
Em certo momento o texto diz o seguinte:
"...Indagado se se lembrava de algum caso em particular, inclusive com a Camargo Corrêa, Skaf não entra muito em detalhes. Diz que são muitos os que pedem ajuda em períodos eleitorais, “mas nem um tostão passa pela Fiesp. A Fiesp não se envolve nisso”. Ele também diz nunca ter intermediado pessoalmente nenhum tipo de doação, no sentido de ter sido quem iniciou o processo de contato entre políticos e empresas.
“Em geral, são políticos sérios e que muitas vezes até nem têm projetos a favor da indústria, mas têm credibilidade. Quando falam comigo é porque já conversaram com empresas e pedem uma ajuda, pedem que eu dê um toque. Eu muitas vezes faço isso, o que é absolutamente legal. E não são só políticos. Quando o papa veio ao Brasil, pediram que empresas ajudassem a reformar o mosteiro [no qual o pontífice ficou hospedado]. Eu sempre peço, pois creio que são atitudes perfeitamente legais”, disse Skaf..."
Skaf fica é muito surpreso quando seu nome e da FIESP aparece em relatórios da Polícia Federal, sobre a opração Castelo de Areia.
O post do jornalista termina dizendo:
"O presidente da Fiesp, como se sabe, tem interesse em se candidatar a governador de São Paulo no ano que vem (ele ainda não é filiado a nenhum partido político)."
Agora só me resta uma dúvida: O Sr. Skaf, o sem-indústria, como diz Paulo Henrique Amorim (veja aqui) vai utilizar-se dessa sua fenomenal capacidade de arrecadação quando da sua candidatura? Se é mesmo que ela vai sair...

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O mal cheiro vem das páginas...

Luis Nassif, em seu blog , abre a discussão do caso Sarney X Gautama.
Comenta sobre as notícias (ou denúncias de prateleira):
"... estava claro que o Zuleido tinha montado uma estrutura que pegava
todo o nordeste. Alguns leitores explicaram o fenômeno como decorrente
de estratégias de construtoras maiores, que montaram um arquipélago de
construtoras menores para aproveitar todos os contratos.

Feita a denúncia, partiu-se para o ataque contra o governador
Jackson Lago, do Maranhão, adversários dos Sarneys, mesmo ante todas as
evidências de que a empreiteira tinha relação muito anterior com o
estado."

A Veja vem e escancara uma notícia bombástica, que causa a mesma destruição que um traque.

Realmente, folheando suas páginas dá pra sentir o mal cheiro...
Confira o post completo aqui

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Criminosos são eles

Antônio Mello, em seu blog, dia 12 de fevereiro, publicou o post "Discriminação social e racial no jornalismo da Globo".
Pra que acha que a mídia trata todos iguais, visite o Blog do Mello

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Kassab não quer ser visto

Do Yahoo Notícias e Agência Estado

O prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (DEM) vetou o projeto de lei que previa a disponibilização de dados sobre a execução do orçamento na internet. O PL 156/08 determinava que o Novoseo - sistema informatizado adotado em 2005 - estaria disponível no site da Prefeitura e com acesso irrestrito para que a população acompanhasse "não só o relatório resumido da execução orçamentária, mas também os gastos efetuados por todos os órgãos da administração pública", segundo o texto da medida.
A decisão - publicada na edição de ontem do Diário Oficial - vem menos de dois meses após Kassab afirmar no discurso de posse que esta seria a gestão da "transparência total". A Prefeitura justificou o veto afirmando que outras leis já disciplinam a divulgação de dados do orçamento. Além disso, o site da Secretaria Municipal de Finanças permite o acesso a um conjunto de relatórios e balancetes atualizados sobre operações financeiras.
"As informações são mais detalhadas no sistema Novoseo e, por isso, a sociedade pode monitorar as ações mais de perto. É um serviço que ajuda a sociedade e também o poder público, pois possíveis desvios de recursos podem ser detectados mais facilmente", diz o empresário Oded Grajew, do Movimento Nossa São Paulo. Ele acrescenta que a divulgação de relatórios pela Prefeitura não é suficiente, pois esse formato é de difícil compreensão.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Trapalhadas Olímpicas

A ESPN Brsil, à mais ou menos 2 semanas apresentou o Documentário Brasil Olímpico - Uma candidatura passada à limpo.
O programa mostra qual é a real condição de candidatura do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2016 e também a incompetência dos gestores dos jogos Panamericanos de 2007 em deixar algo de proveitoso para a cidade após seu término.
Vale a pena assistir:

















segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Corremos risco de perder a mão

Dia desses o Mello publicou em seu blog os seguintes posts: "Rio lhe dá presente, mas quem fica com ele é O Globo" e "Aviso importante: Não alimente o PIG. Seja a mídia."
Resumindo, os dois posts tratavam de assunto semelhante, ou seja, a manipulação mandrake que fazem dois veículos de comunicação ( Tv Globo e jornal O Globo) com seus telespectadores/leitores.
A ideia é simples e sempre se vê coisas semelhantes ocorrendo em outros meios de comunicação:
A emissora/jornal "convocam" seus telespectadores a encaminharem vídeos e fotos, respectivamente, com a promessa de que passarão por critérios definidos pela empresa - dependendo da situação - e contemplam o fornecedor de mídia com a exposição de seu trabalho. A globo tem um quadro no Fantástico com o nome de "Eu repórter", em que seus telespectadores enviam vídeos caseiros com algo que achem interessante. O jornal O Globo lançou a promoção, já citada em um dos títulos, "Rio lhe dá presente...", em que o leitor envia fotos da cidade do Rio de Janeiro e recebe em troca (caso seja escolhido) uma menção publicada no jornal.
O mais inacreditável são as cláusulas impostas pelos veículos para aceitarem receber o material dos pobres telespectadores/leitores. Reproduzo somente uma delas, a mais "espertona":

3.3. A exclusividade de que se investe a Infoglobo será oponível mesmo contra o próprio colaborador, que não poderá reproduzir a obra cedida ao Projeto "Eu-Repórter" por qualquer forma ou a qualquer título, notadamente publicá-las, fornecê-las e comercializá-las a terceiros, a não ser para fins particulares e de caráter não econômico.

Isso quer dizer que quem mandou o material passa a não mais ter direito nenhum sobre o mesmo. Passando para a empresa todos os direitos de uso.
É um disparate!
"Globo e você, Tudo a ver!"